Pontevedra (12km)
Hoje, o dia foi curto. Fiz apenas 12km até ao albergue municipal. Arrancámos juntos novamente mas após 1km parámos para tomar café. Quando acabei, senti que deveria arrancar sozinho e assim o fiz. Encontrámos-nos novamente já perto do albergue e senti-me feliz por ter feito esta etapa sozinho. Talvez faça o mesmo amanhã.
Curioso que este grupo não se juntou por obra do acaso. Todos nós tivemos dificuldades na infância, especialmente com um ou ambos os nossos pais. É incrível como o Universo junta as pessoas baseado naquilo que mais intimamente as liga, é mais um comprovativo de que nada é por acaso e que tudo tem uma razão para acontecer. Talvez nos tenhamos juntado por alguma razão que ainda está para me chegar. Quiçá perceba isso durante o Caminho.
Fomos almoçar juntos e explorar Pontevedra que é uma cidade muito bonita repleta de monumentos muito antigos.
Ao fazer a etapa de hoje a caminho de Pontevedra, não pude deixar de pensar nos momentos passados com o grupo, particularmente a Tânia. Senti que ela era bastante controladora de quem entra na sua vida emocional, romanticamente falando. Controladora talvez seja muito forte, cuidadosa é se calhar uma palavra melhor.
Ao jantar, ela mencionou isto exactamente com as mesmas palavras (mais uma prova da lei da atracção). Perguntei se porventura ela teria receio de baixar a guarda e deixar alguém entrar e ela disse que sim. Claro, é compreensível, já estive na posição dela e sei o que isso é. Às paginas tantas ela diz que quem está feliz consigo mesmo (como ela), tem uma dificuldade maior em abrir-se para o romance, e que as pessoas que não são felizes consigo mesmas estão mais receptivas a isso pois procuram a felicidade noutra pessoa. Não percebi muito bem, assim com a Estefânia, e perguntei porque razão ela achava que uma pessoa infeliz consigo merecia procurar a felicidade MAIS que uma pessoa que é feliz consigo? Basicamente, ela deu o mesmo argumento, o que não me convenceu novamente. Ela diz que queria perceber a minha pergunta mas quando a começava a explicar, ela interrompia para argumentar. A Eduarda interveio a favor dela, a dizer que eu não estava a ouvir. Sinceramente, como podia não estar a ouvir quando a Tânia interrompia frequentemente? Estranho... Não concordar com o mesmo argumento não significa necessariamente que não estivesse a ouvir mas... Anyway, admito que possa não ter compreendido ainda o que ela quis dizer, talvez não estivesse preparado. Da mesma maneira, compreendi talvez tarde demais que provavelmente a Tânia se estava a sentir desconfortável com tudo aquilo e que não devia ter insistido. Talvez devesse ter recuado, antes que aquilo que era suposto ser uma conversa confortável, ter levado uma volta estranha. O resto do jantar correu relativamente bem e depois voltámos ao albergue.
Sinto que tanto a Estefânia, a Eduarda e a Tânia estão num patamar mais avançado emocionalmente. Sinto que estão resolvidas e equilibradas com as suas vidas pessoais e que "não precisam" dos meus dramas. Desde há 4 dias que nos conhecemos que tenho vindo a ficar mais sério, bruto e seco. Talvez porque o viajar em conjunto tem feito com que não passe tempo suficiente a meditar com os meus pensamentos e os resolva, ou lide com eles, e estejam a ser "camuflados" pela brincadeira e galhofada constante. Claro que isto não é por causa delas, mas sim por causa de mim. Creio que talvez isto seja uma lição para a próxima vez que fizer o Caminho, vou fazê-lo sem tomar a iniciativa de revelar as minhas intenções a ninguém. Quem se cruzar comigo óptimo, mas a ideia é ter as minhas próprias intenções. Também posso estar a sentir-me assim pois talvez tenha inconscientemente criado expectativas para esta viagem assim como para este grupo, o que não fazia parte do plano inicial, mas se assim for, quais serão?
Curioso que este grupo não se juntou por obra do acaso. Todos nós tivemos dificuldades na infância, especialmente com um ou ambos os nossos pais. É incrível como o Universo junta as pessoas baseado naquilo que mais intimamente as liga, é mais um comprovativo de que nada é por acaso e que tudo tem uma razão para acontecer. Talvez nos tenhamos juntado por alguma razão que ainda está para me chegar. Quiçá perceba isso durante o Caminho.
Fomos almoçar juntos e explorar Pontevedra que é uma cidade muito bonita repleta de monumentos muito antigos.
Ao fazer a etapa de hoje a caminho de Pontevedra, não pude deixar de pensar nos momentos passados com o grupo, particularmente a Tânia. Senti que ela era bastante controladora de quem entra na sua vida emocional, romanticamente falando. Controladora talvez seja muito forte, cuidadosa é se calhar uma palavra melhor.
Ao jantar, ela mencionou isto exactamente com as mesmas palavras (mais uma prova da lei da atracção). Perguntei se porventura ela teria receio de baixar a guarda e deixar alguém entrar e ela disse que sim. Claro, é compreensível, já estive na posição dela e sei o que isso é. Às paginas tantas ela diz que quem está feliz consigo mesmo (como ela), tem uma dificuldade maior em abrir-se para o romance, e que as pessoas que não são felizes consigo mesmas estão mais receptivas a isso pois procuram a felicidade noutra pessoa. Não percebi muito bem, assim com a Estefânia, e perguntei porque razão ela achava que uma pessoa infeliz consigo merecia procurar a felicidade MAIS que uma pessoa que é feliz consigo? Basicamente, ela deu o mesmo argumento, o que não me convenceu novamente. Ela diz que queria perceber a minha pergunta mas quando a começava a explicar, ela interrompia para argumentar. A Eduarda interveio a favor dela, a dizer que eu não estava a ouvir. Sinceramente, como podia não estar a ouvir quando a Tânia interrompia frequentemente? Estranho... Não concordar com o mesmo argumento não significa necessariamente que não estivesse a ouvir mas... Anyway, admito que possa não ter compreendido ainda o que ela quis dizer, talvez não estivesse preparado. Da mesma maneira, compreendi talvez tarde demais que provavelmente a Tânia se estava a sentir desconfortável com tudo aquilo e que não devia ter insistido. Talvez devesse ter recuado, antes que aquilo que era suposto ser uma conversa confortável, ter levado uma volta estranha. O resto do jantar correu relativamente bem e depois voltámos ao albergue.

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