A intenção

Saudações,


Como alguém disse me disse uma vez:
"Nascemos sem pedirmos e morremos sem querer, como tal, há que aproveitar o intervalo."
E é precisamente nesse intervalo que devemos estabelecer um dos nossos maiores objectivos: partilhar a nossa história ao maior número de pessoas e quem sabe, com o nosso testemunho partimos conscientes de que não cairemos no esquecimento.
É a minha visão da vida que se vai clarificando pelas experiências que me definem.
Que Deus esteja com todos nós.

Peaceful Warrior
(Peaceful Heart, Warrior Spirit)









quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Caminho Santiago - Day 3

Ponte Lima (36,5km)

Mais uma noite em branco e assim torna-se complicado para o corpo recuperar. No entanto, saí de casa com confiança de que o caminho ia correr bem. Enganei-me... Tive de parar pouco tempo depois de começar, pois aparentemente negligenciei um principio de joanete no pé esquerdo. Resolvi e pus-me a caminho até aos 10k, fiz uma pausa e depois iniciei marcha para mais 12k. 
A meio da manha senti que devia enviar uma mensagem ao grupo do Vairão. Sabia que íamos ter dias difíceis pela frente e assim, pelo WatsApp, fiz um video com o poema "Carry On" de Robert W. Service. Senti no final que, talvez o video de incentivo fosse inconscientemente para mim também...
O calor estava a apertar imenso e fui "forçado a parar", acabando por almoçar para recuperar energias em Tamel. Ainda tinha 14,5km para fazer debaixo de um calor incrível, então decidi partir o "bolo a meio" e fazer 8k, parava e depois fazia os restantes 6,5km. Quando chego aos 30km, não vi uma ponta de sombra para me refrescar e assim continuo a andar até que pergunto onde encontro um café. Disseram 500mt, ficou a 1km. Pouco mais à frente vejo um sinal a dizer "Ponte Lima 1km" e penso "Vamos a isso." Após chegar a ponte de Lima ainda tinha que chegar ao albergue, senti que conseguia, então avencei. 
O problema de andar com os pés doridos não existe desde que seja em terreno plano e, não foi o caso. Aliás, não podia haver terreno mais irregular...Meu Deus, cada passo parecia que levava uma martelada nos pés. Ansiava por uma pausa mas tinha de continuar e assim foi. Andei, andei até chegar à lindíssima vila de Ponte de Lima. Quando cheguei ao albergue, a primeira coisa que fiz foi ir mandar um mergulho ao rio, pois com os músculos incrivelmente doridos senti que ficar de molho era a melhor coisa que eles precisavam e mereciam. Saí, fui tomar um duche, jantar e voltei ao albergue, estava moído e dorido. Conseguir ir dormir às 22h e aproveitar para recuperar.

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