A intenção

Saudações,


Como alguém disse me disse uma vez:
"Nascemos sem pedirmos e morremos sem querer, como tal, há que aproveitar o intervalo."
E é precisamente nesse intervalo que devemos estabelecer um dos nossos maiores objectivos: partilhar a nossa história ao maior número de pessoas e quem sabe, com o nosso testemunho partimos conscientes de que não cairemos no esquecimento.
É a minha visão da vida que se vai clarificando pelas experiências que me definem.
Que Deus esteja com todos nós.

Peaceful Warrior
(Peaceful Heart, Warrior Spirit)









domingo, 25 de agosto de 2019

Caminho Santiago - Day 7

Soutexuste (20km)

Hoje saímos cedo de Porriño. Fui mais consciente das limitações da minha perna por isso fui a um ritmo mais calmo, contudo, começou a doer novamente. Tentei compensar com a perna esquerda e acabei por ter uma inflamação bastante debilitante no músculo tibial. Parece que Deus está a por a prova a minha determinação, e penso que Ele não me vai deixar chegar ao fim com a maior das facilidades... Também, o que poderia fazer agora? Abandonar tudo a pouco mais de 80km do fim? Desistir? NEM PENSAR!!! Simplesmente não é uma opção... Terei simplesmente de continuar até chegar ao fim, custe o que custar!
Acabámos por dormir num albergue privado em Soutexuste. O dono Miguel, aparentemente um jovem com pouco mais de 35-40 anos, presta-nos o serviço mais incrível de sempre: Primeiro levou a mala para o quarto de toda a gente, depois disse para nos servirmos do que quisermos e pagar no final. "Faz de conta que esta é a tua casa.", dizia repetidamente. Sentia-se claramente que o serviço era de longe mais importante para ele do que o dinheiro entendes?
Eu, a Eduarda, a Rafaela e a Tânia continuamos juntos. Honestamente, creio que dentro em breve terei que me separar, pois sinto que isto já não está a ser uma viagem pessoal. Sinto que encontrei um grupo, colei-me (ou colámos-nos ☺) e agora tomamos decisões em conjunto. Não foi propriamente para isto que vim... Apesar de haver momentos no caminho em que viajo sozinho, o facto de saber que irei encontrar o grupo outra vez, não me deixa muito confortável. É suposto a viagem ser uma descoberta onde as pessoas passam por nós. No strings attached durante a viagem, sem compromissos. Claro que após isso as relações podem colar mas no momento, se me apetecer ir jantar com o grupo vou, se me apetecer ir sozinho vou. Há que aprender a ser fiel comigo mesmo e com o que sinto, sem pensar no que os outros vão achar da minha decisão, e por vezes isto nem sempre é fácil. Somos seres sociais e queremos estar com pessoas, mas isso nunca deve sobrepor-se ao que sentimos que é o certo a fazer naquele momento.

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