Dou por mim perdido na imensidão...Na imensidão do vasto manto branco que vai cobrindo as ruas de Paris, enquanto pequenos pedaços de nuvem vão caindo do céu sobre a minha face, esfriando-a a cada passo que dou. Não os ossos porém, não, esses continuam quentes apesar do frio... Só Deus sabe no meu coração o quanto desejava absorver o meu ser neste cenário mais vezes.
Vejo um parque, coberto de um branco maravilhoso inimaginável talvez à mente até dos maiores criativos, e reparo em algumas crianças perdidas na sua inocência a andar no carrocel. Carrocel esse que confere felicidade aos seus rostos, levando-a a expressar-se sobre a forma de alegres risos cujos meus ouvidos interiorizam. Esboço um sorriso tímido... Desejo que a aproveitem, a felicidade, e que a expressem enquanto crescem pois o Mundo sorrateiramente lhas vai tirando. Ah! Saudades desses momentos invadem-me, onde a pura felicidade brotava naturalmente do meu interior. Agora tenho que procurá-la, descobri-la, e resgatá-la das mais simples e pequenas coisas do dia-a-dia. Coisas essas que são ridículas aos olhos de muitos...Não entendem eles, pois são manipulados pelas circunstâncias diárias que eles próprios criam e os tornam infelizes.
Ao caminhar pelo tapete branco, penso para mim mesmo que devo mudar...de ares, de vida, no fundo preencher e criar novas páginas no imenso livro da vida. Como li recentemente: "Há certos pássaros que não foram feitos para serem engaiolados. As suas penas são demasiado brilhantes." É assim que me sinto, um pássaro engaiolado de penas brilhantes, pronto para voar e mostrar ao mundo todo o meu esplendor. Está dependente de mim fazê-lo, encontrar a felicidade para mim e para os que amo.
É a minha alma traduzida em palavras aqui, numa cidade de sonhos, romance e amor, muito amor...Paris...
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