A vida tem uma forma curiosa de nos mostrar que estamos vivos e que por vezes temos de acordar e olhar para o que se passa mais para dentro de nós e não para fora. Deixem-me dizer-vos o que quero dizer.
Os meus pais divorciaram-se tinha eu 4 anos, vivi com a minha mãe até aos 7, altura em que decidiu partir para França com a esperança de uma vida melhor para si e para o seu único filho. Fiquei a viver com os meus avós maternos a partir dessa altura. Devem seguramente imaginar o "impacto" que a diferença geracional teve na minha educação, no meu crescimento e desenvolvimento emocional e de personalidade em tal tenra idade, onde os laços afectivos dos pais são de enorme importância. Fui obrigado a crescer rapidamente, sempre revoltado com a enorme injustiça que existia por não ter os meus pais comigo.
Comecei a trabalhar em tempo de férias escolares por escolha do meu pai, com quem nunca vivi, aos 13 anos, quando sentia que deveria estar a divertir-me com os meus amigos. Afinal, era criança...
Mas não me fez mal, de alguma forma serviu-me de lição para o meu crescimento, maturidade e sentido de responsabilidade pessoal e profissional...
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